sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Pelé

son Arantes do Nascimento[1] KBE, mais conhecido como Pelé (Três Corações, 21 de outubro de 1940[1] ou 23 de outubro de 1940[2]), é um ex-futebolista brasileiro que atuava como atacante.[3]
É reconhecido entre especialistas de futebol e ex-jogadores como o maior futebolista da história.[6][7][8][9][10][11][12][13][14][15] Em 1999, foi eleito o Futebolista do Século pela International Federation of Football History and Statistics. No mesmo ano, a revista francesa France Football consultou os ex-vencedores do Ballon D'Or para eleger o Futebolista do Século; Pelé classificou-se em primeiro.[16] Em sua carreira, no total, marcou 1281 gols em 1363 partidas, número que fez dele o maior artilheiro de toda história do futebol.[17]
Recebeu o título de Atleta do Século de todos os esportes em 15 de maio de 1981, eleito pelo jornal francês L'Equipe. No fim de 1999, o Comitê Olímpico Internacional, após uma votação internacional entre todos os Comitês Olímpicos Nacionais associados, também elegeu Pelé o "Atleta do Século". A FIFA também o elegeu, em 2000, numa votação feita por renomados ex-atletas e ex-treinadores como O Jogador de Futebol do Século XX.
No Brasil, Pelé é saudado como um herói nacional por suas realizações e contribuições ao futebol.[18] Também é conhecido pelo seu apoio a políticas para melhorar as condições sociais dos pobres, tendo inclusive dedicado seu milésimo gol às crianças pobres brasileiras.[19] Durante sua carreira, foi chamado de Rei do Futebol, Rei Pelé, ou simplesmente Rei.[20]
Descoberto pelo craque Waldemar de Brito[21], Pelé começou a jogar pelo Santos FC aos 15 anos, pela seleção nacional aos 16, e venceu sua primeira Copa do Mundo FIFA aos 17. Apesar das numerosas ofertas de clubes europeus, as condições econômicas e as regulações do futebol brasileiro da época beneficiaram o Santos, permitindo-lhes manter Pelé por quase duas décadas até 1974. Com o Rei no elenco, o Santos atingiu seu auge nos anos de 1962 e 1963, anos em que conquistou o título mundial.[22] A técnica de Pelé e sua capacidade atlética natural foram universalmente elogiadas e durante sua carreira, ficou famoso por sua excelente habilidade de drible e passe, seu ritmo, chute poderoso, excepcional habilidade de cabecear, e artilharia prolífica.
Ele é o maior artilheiro de todos os tempos da seleção brasileira e é o único futebolista a ter feito parte de três equipes campeãs de Copa do Mundo. Em novembro de 2007, a FIFA anunciou sua premiação com a medalha da Copa de 1962 (a qual, devido a uma contusão na segunda partida, teve apenas o primeiro jogo disputado por ele), no qual o grande craque Mané Garrincha o substituiu, retroativamente, fazendo dele o único futebolista do mundo a ter três medalhas de Copa do Mundo. Desde sua aposentadoria em 1977, Pelé tornou-se um embaixador mundial do futebol, também tendo passagens pelas artes cênicas e empreendimentos comerciais. É atualmente o Presidente Honorário do New York Cosmos.[23]
Índice [mostrar]
Infância e juventude



Pelé em jogo contra o Malmö FF, em 1960. O Brasil venceu por 7-1.


Pelé junto ao ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton, em 1997.
Filho de dona Celeste Arantes e de João Ramos do Nascimento, conhecido futebolista no sul de Minas Gerais, alcunhado Dondinho, em 1945, mudou-se com a família para Bauru (São Paulo). O nome "Edison" foi escolhido pelo pai para fazer uma homenagem ao inventor Thomas Edison.[24]
Ainda criança manifestou a vontade de ser futebolista. Ironicamente a alcunha "Pelé" que serviu para identificar o jogador considerado o maior goleador de todos os tempos teve origem num goleiro. Em 1943 o pai de Pelé jogava no time mineiro do São Lourenço. Pelé, que então tinha três anos, ficava bastante impressionado com as defesas do goleiro da equipe do pai e gritava: "Defende Bilé". As pessoas próximas começaram a chamá-lo de "Bilé". Muitas crianças colegas do garoto Edison tinham dificuldade em pronunciar "Bilé" e com o tempo o apelido virou "Pelé".
Com onze anos, já em Bauru, jogava em um time infanto-juvenil, o Canto do Rio, cuja idade mínima para participar era de treze anos. O pai então o estimulou a montar o seu próprio time: chamou-o Sete de Setembro. Para adquirir material, como bolas e uniformes, os garotos do time chegaram a furtar produtos nos vagões estacionados da Estrada de Ferro Noroeste para vender em entrada de cinema e praças.
Posteriormente, viria a jogar no Baquinho, o time de maior referência da juventude do Pelé. O time principal era o Bauru Atlético Clube (BAC), da categoria principal da cidade e de onde derivou o nome do time juvenil. O BAC mandava os seus jogos na rua Rio Branco, onde hoje foi construído um hipermercado. O convite para jogar no Baquinho partiu do Antoninho "Bigode", que oferecia até emprego para os jogadores. Foi o Antoninho, ainda, quem dirigiu o primeiro treino do time. Depois, o Valdemar de Brito, famoso jogador do passado e técnico dos profissionais, passou a treinar a equipe. Foi ele quem levou o Pelé para a equipe do Santos.
Carreira

Pelé começou sua carreira no Santos FC, em 1956 e disputou sua primeira partida internacional com a Seleção Brasileira dez meses depois. Na década de 1960, foi convidado para jogar fora do Brasil, na Europa, mas preferiu ficar no Santos.[25]
Um fato que destacou a importância de Pelé no exterior foi quando de sua visita a África em 1969. No transcorrer da guerra civil na África, para que Pelé e o time do Santos FC transitassem em segurança entre Kinshasa e Brazzaville, as forças rivais declararam a interrupção das agressividades, chegando a ocorrer, numa região de fronteira, a transferência da delegação sob tutela de um exército para o outro. Este fato fez lembrar o sonho do Barão Pierre de Coubertin ao fazer renascer os Jogos Olímpicos no século XX. Pois era costume na Grécia Antiga a decretação de um armistício quando da realização dos jogos olímpicos da época.
Na década de 1980, namorou a então aspirante a modelo Xuxa, sendo considerado o principal responsável pela projeção inicial dela na mídia. O mesmo período em que foram lançadas filmagens de Xuxa em um filme erótico chamado Amor, Estranho Amor. O filme com cenas polêmicas de Xuxa teve a exibição embargada na Justiça Brasileira anos depois, por iniciativa da própria atriz, que se tornara famosa e rica na TV e brasileira atuando como apresentadora infantil.
Foi ministro dos Esportes do Brasil de 1995 a 1998. Nessa época aprovou mudanças na Lei Zico, que passou a ser conhecida como Lei Pelé. A legislação, muito criticada pelos dirigentes de clubes brasileiros, na verdade segue em linhas gerais as diretrizes internacionais da FIFA para contratação de jogadores.
Em 2000, na conturbada eleição de Melhor Jogador do Século da FIFA, Pelé foi aclamado como o melhor de todos os tempos, a frente do craque argentino Diego Maradona. Em 3 de março de 2004, junto a FIFA, Pelé elaborou uma lista contendo os cem melhores jogadores de futebol vivos, denominada FIFA 100. Em maio de 2005, Pelé ganhou espaço no noticiário por conta da prisão de seu filho Edson Cholbi Nascimento, o Edinho, autuado sob suspeita de envolvimento com o tráfico de drogas.
Camisa 10
Depois de Pelé, a camisa 10 passou a ser vestida pelo melhor jogador do time, tanto no Brasil quanto no exterior. No time do Santos e no do Cosmos de Nova York, ele utilizava esse número por ser o meia-esquerda. Em sua estreia na Seleção Brasileira, Pelé atuou com a camisa de número 9, a camisa de número 10 ele só começou a utilizar a partir do Mundial de 1958, cuja distribuição da numeração se deu de forma aleatória por um membro da Fifa, posto que, a delegação brasileira havia deixado de fornecer aos organizadores daquele mundial a numeração dos atletas.[26]
Gol de Placa
O termo "gol de placa" surgiu por conta de um gol marcado por Pelé no Torneio Rio-São Paulo. O jogo em que Pelé marcou o primeiro gol de placa da história ocorreu em um dia 5 de março na partida Fluminense 1 x 3 Santos, válido pelo Torneio Rio-São Paulo de 1961. O gol ocorreu aos 40 minutos do primeiro tempo e foi o segundo de Pelé no jogo (Pepe completou para os santistas e Jaburu descontou para o Fluminense).
Após driblar vários adversários vindo do meio-de-campo com a bola dominada, Pelé venceu o então goleiro Castilho fazendo com que o Maracanã e o jornalista Joelmir Beting explodissem em euforia. O jornalista, empolgado com o fantástico gol que havia visto, disse que tal gol merecia uma placa tamanha sua beleza. Assim, uma placa de bronze foi feita e colocada na entrada do Maracanã onde permanece até hoje. Desde então, todos os gols marcados com rara beleza são intitulados "gols de placa".
Clubes
Santos
1956–1974
Estreia: Santos 7 - 1 Corinthians de Santo André, em 7 de Julho de 1956. (primeiro gol de Pelé, sexto do Santos na partida).[27]
Última partida: Santos 2 - 0 Ponte Preta, 2 de Outubro de 1974.
New York Cosmos
1975–1977
Última partida: New York Cosmos 2 - 1 Santos, no Giants Stadium (Nova Iorque), em 1 de Outubro de 1977. Pelé atuou um tempo por cada equipe e marcou o primeiro gol da equipe estadunidense cobrando falta.
Seleção Brasileira
Estreia: convocado pela primeira vez pelo técnico Sílvio Pirilo depois de brilhantes partidas no Maracanã, na qual atuou em um combinado do Santos e Vasco da Gama (fonte: página oficial do Vasco na internet, acessada em 25 de março de 2008). Derrota de 1 a 2 para a Argentina em 1957, pela Copa Rocca. Gol dele.
Copa de 1958: convocado com 17 anos, se machucou na véspera da competição, mas Paulo Machado de Carvalho resolveu levá-lo assim mesmo. Estreou no terceiro e decisivo jogo do Brasil, juntamente com Zito e Garrincha. Ele não marcou, mas o Brasil venceu por 2x0 a URSS. Nessa copa Pelé foi chamado pelos franceses de "Rei do Futebol", dando início a uma verdadeira lenda internacional, tornando-se uma das personalidades mais conhecidas do mundo durante o século XX.
Copa de 1962: Pelé se machucou na virilha, no segundo jogo do Brasil. No primeiro ele havia feito um gol. Não jogou mais aquela competição.
Copa de 1966: Pelé foi caçado em campo pelos adversários, que usavam do chamado "Futebol Força" para surpreender o Brasil. Jogou apenas duas das três partidas que o Brasil disputou naquela Copa. Fez sua última partida com Garrincha, na vitória de 2x0 sobre a Bulgária. Juntos, os dois astros nunca perderam uma partida de futebol pela seleção.
Copa de 1970: Ameaçado de ficar no banco de reservas, quando Zagallo assumiu a seleção, Pelé jogou tudo que sabia e comandou o Brasil na sua mais impressionante campanha em Copas, ganhando definitivamente a Taça Jules Rimet.
Despedida: Maracanã, dia 18 de julho de 1971, com público de 138.575 pagantes. Brasil 2 a 2 Iugoslávia.
Despedidas
Além da Seleção Brasileira, Pelé se despediu como jogador do Santos em 1974 (vitória por 2 a 0 sobre a Ponte Preta) e do New York Cosmos (1977, jogando um tempo em cada equipe, marcando um gol pelo time nova-iorquino que venceu o Santos por 2 - 1). Na festa estadunidense, com direito a participação de Muhammad Ali, Pelé daria seu grito repetido por milhares de pessoas: "Love! Love!".
Seria a estrela de partidas de despedida de outros astros, como Garrincha em 1973 (fez um gol pela Seleção Brasileira, driblando toda a defesa adversária formada por estrangeiros que atuavam no Brasil); e da de Beckenbauer em 1982, quando fez seu último gol. Carlos Alberto Torres reclamou que Pelé não participou da sua despedida. Tanto Beckenbauer como Carlos Alberto, foram seus companheiros no Cosmos.
Polêmicas

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Pelé sempre foi muito criticado por diversas de suas declarações.
Durante o regime militar, deu declaração polêmica dizendo que "o povo brasileiro não sabe votar", o que provocou a reação de políticos na época.
Em 2005, falou que Romário deveria se aposentar, ao que o mesmo replicou que Pelé "com a boca fechada é um poeta", completando que ele deveria "colocar um sapato na boca para deixar de falar besteiras". Também criticou Ronaldo por estar acima do peso em 2006, porém o jogador realmente estava muito acima do peso ideal.
Em 2006, disse antes do jogo pela Copa do Mundo entre Brasil e França que tinha um mau pressentimento quanto ao jogo. O Brasil realmente acabou perdendo o jogo por 1 a 0.
Muitos jogadores declararam que em campo ele era um "jogador sujo", e também costumava revidar as agressões dos adversários:
Quebrou a perna do alemão Kiesman em um amistoso em que o Brasil venceu a Alemanha Ocidental em 1965 no Maracanã por 2 a 0.
Também causou a fratura da perna do cruzeirense Procópio em 1968 numa partida entre Cruzeiro e Santos.


Pelé participando de uma de suas campanhas.
Quando era ministro do Esporte, idealizou a Lei Pelé, que tinha como objetivo modernizar o futebol brasileiro ao transformar os clubes em empresas. A lei até hoje é polêmica: Pelé acusa os grandes clubes de terem deturpado o projeto original, enquanto os mesmos dizem que a lei teria facilitado a saída dos jogadores de seus clubes, favorecendo as transferências para o exterior.
Seu filho Edinho (Edson Cholbi Nascimento) que jogou como goleiro pelo Santos, foi preso em junho de 2005[28] por envolvimento com o tráfico de drogas.
Tem sete filhos reconhecidos: três com a primeira mulher, Rosemeri Cholbi, dois com a segunda, Assíria Lemos, e mais duas filhas extraconjugalmente, uma das quais Pelé foi obrigado a reconhecer a paternidade judicialmente, Sandra Regina Machado, ex-vereadora de Santos, vitimada por um câncer em 17 de outubro de 2006.
Estatísticas

Jogos
1367 (1312 oficiais)
Gols
1282 (794 oficiais)
Média de gols por jogo
0.93 (0.60 em jogos oficiais)
Jogos pela Seleção Brasileira
115 (92 oficiais)
Gols pela Seleção Brasileira
95 (77 oficiais)
Recorde de gols numa partida
8 (Santos 11–0 Botafogo de Ribeirão Preto, 21 de novembro de 1964)
Melhor média num ano
1961 – 111 gols em 75 jogos (1,48 gol/jogo)
Recordes
60 títulos no total
Por três vezes ultrapassou a marca de 100 gols numa única temporada
Mais jovem artilheiro Campeonato Paulista: 1957 – 17 anos
Mais jovem campeão mundial: 1958 – 17 anos
Mais jovem bicampeão mundial: 1962 – 21 anos
Único Jogador tricampeão mundial: 1958, 1962 e 1970
Único jogador a marcar gols em 4 Copas do Mundo: 1958(6 gols), 1962(1 gol), 1966 (1 gol) e 1970(4 gols).
Maior artilheiro num só Campeonato Paulista: 1958 – 58 gols
Maior número de temporadas como artilheiro do Campeonato Paulista: 11 – 1957, 1958, 1959, 1960, 1961, 1962, 1963, 1964, 1965, 1968 e 1973
Jogador com mais gols na História do Torneio Rio-São Paulo: 49 gols
Maior artilheiro em uma única temporada: 1959 – 126 gols
Maior artilheiro da história da Seleção Brasileira: 95 gols
Maior artilheiro da história do futebol profissional: 1282 gols



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